23 de set. de 2011

Cristianismo é "salvo" por fé vivida de modo renovado, diz Papa.

No antigo Convento de Erfurt, onde Martin Lutero concluiu seus estudos teológicos e foi ordenado sacerdote em 1507, o Papa Bento XVI se encontrou com representantes do Conselho da Igreja Evangélica Alemã na manhã desta sexta-feira, 23, às 11h45 (Horário Local – 06h45 no horário de Brasília)

No discurso, o Papa falou sobre o secularismo, que segundo ele, é um desafio para o cristianismo no mundo contemporâneo. O Santo Padre fez um apelo para que através do ecumenismo, este mal possa ser combatido a partir de uma concreta vivência da fé.

"Este é o objetivo ecumênico central. Nisto devemos ajudar-nos reciprocamente: a acreditar em modo mais profundo e mais vivo. Não são as táticas que nos salvarão, que salvarão o cristianismo, mas uma fé repensada e revivida em modo novo, mediante a qual Cristo, e com Ele o Deus vivente, entre no nosso mundo”, ressaltou.

A vocação de Lutero

Após traçar um breve histórico sobre a vida do idealizador da Reforma Protestante do Século XVI, o Santo Padre meditou sobre alguns pontos da vida de Lutero que contribuíram para uma reflexão sobre os rumos do cristianismo. A partir da pergunta que orientou a vocação de Lutero: "Como posso ter um Deus misericordioso?", o Pontífice fez uma série de questionamentos sobre a concepção de pecado em meio aos grandes desafios da humanidade.

“Quem, de fato, se preocupa hoje com isto também entre os cristãos? O que significa a questão sobre Deus na nossa vida? No nosso anuncio? A maior parte das pessoas, também dos cristãos, hoje não acredita que Deus, em ultima análise, não se interessa dos nossos pecados e das nossas virtudes", disse o Pontífice.

Interpretação fundamentalista

Bento XVI também falou da preocupação com as novas correntes cristãs, que apesar de contribuírem com a difusão do Evangelho, pecam no conteúdo e na estrutura dogmática. Ele vê este fenômeno também como uma ocasião para que as Igrejas cristãs de antiga tradição encontrem a essência da fé.

"Nos últimos tempos, as geografia do cristianismo foi profundamente mudada e está mudando. Diante de uma nova forma de cristianismo, que se difunde com um imenso dinamismo missionário, as vezes preocupante nas suas formas, as Igrejas confessionais históricas ficam cada vez mais perplexas. É um cristianismo de escassa densidade instituucional, com pouca bagagem racional e ainda menos bagagem dogmática e também com pouca estabilidade", explicou.

Mirticeli Medeiros
Da Redação

São Pio de Pietrelcina

Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione.

Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho.

Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de "Frei Pio" e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento.

Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.

Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo.

Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como "barba azul".

Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como "Casa Alívio do Sofrimento", que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956.

Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos.

Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam.

Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.

Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice.

Padre Pio dizia: "Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!"



São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!

Dados Canção Nova. 

20 de set. de 2011

Deus nos ensina a não pararmos nas cadeias.

Precisamos buscar o auxílio no Espírito Santo para suportar as prisões e os sofrimentos que se abatem sobre nós. Muitas vezes, somos escravos da concupiscência, de nossos afetos desordenados, do querer possuir sempre mais, tornando-nos até escravos da vaidade, do egoísmo e demais sentimentos maléficos.

O nosso socorro vem do Espírito Santo O Senhor abre nossos olhos para percebermos que a única força a nos dominar deve provir da ação do Espírito Santo. Deus nos ensina a não pararmos nas cadeias e nos sofrimentos deste mundo; a sermos produtivos e perseverantes na construção de Seu Reino também nas dificuldades.

Precisamos viver o tempo que nos foi concedido de forma plena; o tempo, que se chama hoje, seja ele de alegria ou de tribulação, tendo a graça do Divino Espírito Santo como suporte para as nossas ações.

Abramos o coração com confiança para que a sabedoria de Deus Pai nos alcance e nos ensine o caminho a seguir. Há um tempo para cada coisa debaixo do céu como nos ensinam as Sagradas Escrituras e, em tudo e em todo o tempo, o que deve dirigir a nossa vontade é a força do Espírito Santo Paráclito, de forma a vivermos – por meio da oração e da vivência dos sacramentos – a prática das virtudes e das boas ações ao próximo.

Por essa razão, não perca tempo, fale com o Senhor sobre tudo que está em seu interior e acredite que tudo, no tempo certo, será resolvido de acordo com os desígnios do Altíssimo.

Jesus, eu confio em Vós!

Evangelho (Lucas 8,19-21)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

 Naquele tempo, a mãe e os irmãos de Jesus aproximaram-se, mas não podiam chegar perto dele, por causa da multidão. Então anunciaram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e querem te ver”. Jesus respondeu: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

19 de set. de 2011

O amor nos convém.

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo.
Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.
Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Coríntios 6, 12-20).

Nós não fomos criados para usar o nosso corpo de forma desregrada. Hoje vivemos num mundo no qual os corpos do homem e da mulher são expostos e rebaixados ao nada.

Nosso corpo é sagrado, meus irmãos! Não devemos utilizá-lo para o sexo sem amor. Essa atitude significa querer tirar da outra pessoa algo sagrado e lindo só para o nosso prazer. Isso é egoísmo puro, Deus não está aí! Só vamos conseguir viver uma sexualidade sadia dentro do sacramento do matrimônio. O seu corpo precisa ser preservado para aquele (a) que Deus reservou para você.

A Igreja prega a castidade, mas você sabe o que é isso? A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo. Isso exige de nós oração e muito equilíbrio.

A sexualidade sem amor é animalesca, não vem do Pai; mas, no casamento, ela é um complemento, uma realização. O amor-doação é o mais importante num relacionamento. O amor é nós sairmos de nós mesmos para fazer com que o outro seja melhor.

O tempo do namoro é de construção, de conhecimento. Se você vive o sexo nesse período, acaba pulando etapas e vai sofrer sérias consequências no futuro. O sexo é uma droga se vivido de forma errada, como a maconha, o cigarro e as bebidas.
Nem tudo nos edifica, nem tudo nos constrói; então; precisamos saber renunciar às obras da carne.

Você sabe por que hoje os casamentos não duram? Porque muitos casais vivem somente a dois, quando o sacramento do matrimônio é para ser vivido a três: mulher, marido e o Senhor. Se não houver o Pai no centro nada funciona!

O afeto e o carinho têm de vir muito antes da sexualidade. O amor, não se esqueçam, é sempre o mais importante. Precisamos ajudar os nossos irmãos a chegar no céu. Você precisa ser luz; não fonte de pecado! Use o seu corpo para amar o próximo, fazendo-lhe o bem e fazendo a vida dele valer a pena!


Diácono Paulo Lourenço

A Palavra de Deus é rica em tocar nossos corações.

Falta sabedoria na oração. Podemos dizer: “Louvado seja Deus! Vivemos em um tempo de abundância, como o Senhor falou. Aquele filete d’água tornou-se um rio, e esse rio tornou-se um imenso caudal, que tornou-se mar. Nadamos em graça, o Senhor nos dá abundância de dons!” Mas precisamos ser comedidos, temos de ser sábios.

É como chegar a uma festa em que há salgadinhos em quantidade, e a gente nem sabe por qual deles começar. Se você começar a comer de tudo, depois terá dor de estômago. Se você beber de tudo, vai passar mal. É o que nós fazemos, muitas vezes, na hora da oração. Temos de ser disciplinados e sábios ao fazermos nossas preces, aprender a disciplina da sabedoria e educar o povo neste caminho.

Sabendo que o Senhor dá em quantidade, temos de ir dissecando uma coisa por vez. A Palavra de Deus é tão rica que devemos ficar ali, meditando, orando e, mais que tudo: pedindo ao Senhor que, por intermédio daquela Palavra, Ele toque fundo o nosso coração... A Palavra vai tocar o nosso coração, o centro do nosso ser. Pode ser que a nossa inteligência nem guarde bem, nem capte, mas aquela Palavra tocou o fundo do nosso ser.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib

5 de set. de 2011

Evangelho (Lucas 6,6-11)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

 Aconteceu num dia de sábado que Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Aí havia um homem cuja mão direita era seca. Os mestres da Lei e os fariseus o observavam, para ver se Jesus iria curá-lo em dia de sábado, e assim encontrarem motivo para acusá-lo. Jesus, porém, conhecendo seus pensamentos, disse ao homem da mão seca: “Levanta-te, e fica aqui no meio”. Ele se levantou, e ficou de pé. Disse-lhes Jesus: “Eu vos pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?” Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor, e disse ao homem: “Estende a tua mão”. O homem assim o fez e sua mão ficou curada. Eles ficaram com muita raiva, e começaram a discutir entre si sobre o que poderiam fazer contra Jesus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Que tal começar tudo pela Palavra de Deus?

Jesus é o motivo de todas as coisas existirem. “Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito” (Jo 1, 3). Cristo é o Senhor, e tudo Lhe está submetido, tanto o mundo material quanto o angélico, "para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos" (Fl 2, 10), também toda matéria e forma, viva ou inanimada, estão sob Seu olhar.

“Nenhuma criatura lhe é invisível. Tudo é nu e descoberto aos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb 4, 12-13). Jesus veio revelar também ser Ele o Verbo Encarnado do Pai, a Palavra criadora (cf. Jo 1, 14). Palavra que quis se colocar em meio a nós, perpassando e agindo em nossas realidades: “a palavra que minha boca profere: não volta sem ter produzido seu efeito, sem ter executado minha vontade e cumprido sua missão” (Is 55, 11).

A Palavra de Deus rege todas as coisas. Se, então, a Palavra pode trazer essa eficácia, por que nos privamos de nos orientar por ela quando vamos empreender algo?

Queira ser um agente que propaga a Sagrada Escritura. A força e a sabedoria ali contidas provêm da boca do Senhor e não de nós. Deus não a deixará cair no descrédito. É do interesse divino que a Bíblia transmita Seus efeitos onde quer que ela seja colocada em prática e proferida, ainda que seja por nosso intermédio, servos fracos e sujeitos ao pecado.

Podemos contar sempre com os efeitos da vontade de Jesus em nossas iniciativas. Leve sempre a Bíblia aonde você for.

Comece tudo o que for fazer com a oração de um trecho bíblico, como um salmo por exemplo. Ao acordar, antes de pegar o trânsito, antes de iniciar um trabalho ou ministério, leia um versículo, busque uma passagem relacionada com a situação que você está vivendo. Com certeza, Deus lhe falará, pois Ele quer participar de sua vida. Destaque textos da Sagrada Escritura e os cole em lugares por onde for passar, na cabeceira da cama, no interior do carro, na porta da geladeira, nos cadernos e nos aparelhos de seu trabalho. Se, por vezes, enfeitamos nossos pertences com diversos dizeres, frases de efeito, figurinhas e personagens, por que não fixar também neles um versículo bíblico? Aproveite para lê-los e rezar todas as vezes em que visualizá-los.

Não se trata de separar textos que mais nos agradam e vivê-los isoladamente. Queira, com essa prática, aprender a amar a Palavra de Deus para ser Evangelho vivo, comungando-O na sua totalidade. Essa sugestão é uma maneira de memorizar trechos ou inspirar-se num lema para vida ou tempo presente.

Viver conforme a Palavra de Deus configura-nos segundo a Pessoa de Jesus, Verbo Eterno, de forma a permitirmos que Sua voz tenha poder sobre todo o nosso ser: "Porque a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4, 12). Assim, também será com nossas ações e sobre o que elas desencadeiam, suas consequências e resultados.
Estas passarão a ter eficiência, tal como o coração de Deus quer imprimir nas situações em que colocamos a Palavra de Deus em prática, segundo os desígnios divinos e não somente para o alcance que imaginamos num primeiro momento.

Todas as realidades contidas na Pessoa da Palavra serão favoráveis em nossa vida, mesmo quando não entendermos o porquê de um fato acontecer daquela maneira. No final, testemunharemos que tudo concorrerá para um bem maior, pois o Altíssimo quer sempre o melhor para nós, como afirma a Bíblia: "Tudo contribui para o bem dos que amam a Deus" (Rm 8, 28).

Começar pela Palavra também é colocar Jesus em primeiro lugar.
"Antes de qualquer tarefa, vem a palavra verdadeira" (Eclo 37, 20).

Deus o abençoe!

Sandro Aparecido Arquejada-Missionário Canção Nova

21 de ago. de 2011

A Jornada Mundial da Juventude será no Rio de Janeiro em 2013.

Bento XVI anunciou, neste domingo, 21, na Santa Missa de encerramento da JMJ Madri, que o Brasil é o próximo país a receber os jovens do mundo para um encontro com o Sucessor de Pedro.

A alegria tomou conta dos mais de 15 mil brasileiros que estavam no Aeródromo de Cuatro Vientos, local da Celebração Eucarística com Bento XVI. As câmeras, os microfones e toda a atenção do público se voltaram para o grito dos brasileiros ao ouvirem o anúncio do Sumo Pontífice.

Ainda durante a celebração, na saudação que fez em várias línguas, o Santo Padre declarou aos jovens na saudação em língua portuguesa: “Nos encontramos no Rio de Janeiro em 2013”, quando se pôde ouvir em Cuatro Vientos os gritos: “Brasil! Brasil!”

A equipe da Canção Nova, que estava cobrindo o evento, também fez muita festa na Sala de Imprensa a ouvir o Papa anunciar o Rio como sede da JMJ 2013. Em seguida, uma chuva de repórteres veio entrevistar-nos.

Um dos repórteres nos perguntou se a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 não iriam ofuscar a JMJ. Dissemos que são eventos diferentes e público diferente. “Apesar de saber que os jovens também vão para conhecer o país, a cultura e fazer um pouco de turismo, os jovens da JMJ têm um objetivo claro: um encontro com Jesus Cristo junto ao Sucessor de Pedro”, segundo afirmação de nossa equipe aos jornalistas.
Ainda hoje, às 16 horas (11 horas no horário do Brasil), os brasileiros que estão em Madri têm um encontro marcado na Estação Príncipe Pio. Um show celebrará a festa brasileira no palco Madrid-Rio, contando com a presença de mais de 30 cantores católicos para animar os peregrinos que estão na capital espanhola.

Agora,  a Igreja do Brasil inaugura uma nova fase de muito trabalho, muita oração e muita alegria, porque em 2013 receberemos Bento XVI junto com os jovens de todo o mundo.

Por Daniel Machado

20 de ago. de 2011

Não tenham vergonha de Cristo

As primeiras palavras que o Papa Bento XVI disse aos jovens, assim que chegou a Madri, Espanha, para a Jornada Mundial da Juventude, foram estas: “Venho aqui para me encontrar com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou à procura da verdade que dê sentido genuíno à sua existência”. E prosseguiu no seu discurso: “NÃO TENHAM VERGONHA DE CRISTO. Os maiores desafios que os jovens devem superar hoje, além da crise e do vazio moral, são as dificuldades econômicas e as incertezas, precisamente a do secularismo, que pretende afogar a presença do âmbito religioso. Muitos jovens, “por causa da sua fé em Cristo, são vítimas de discriminação, que gera o desprezo e a perseguição, aberta ou dissimulada, que sofrem em determinadas regiões e países”.

“Molestam-nos querendo afastá-los d’Ele, privando-os dos sinais da Sua presença na vida pública e silenciando mesmo o seu santo Nome.”

“É urgente ajudar os jovens discípulos de Jesus a permanecerem firmes na fé e a assumirem a maravilhosa aventura de anunciá-la e testemunhá-la abertamente com a sua própria vida. Um testemunho corajoso e cheio de amor pelo homem irmão, ao mesmo tempo decidido e prudente, sem ocultar a própria identidade cristã, num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções e exigindo, ao mesmo tempo, o devido respeito pelas próprias”.

Unamo-nos ao Santo Padre em oração pelos jovens, para que nada e nem ninguém os afaste do amor de Cristo Jesus.

Jesus, eu confio em Vós!

Autora: Luzia Santiago

17 de ago. de 2011

Por que acabamos ferindo as pessoas que mais amamos?

entendem? Porque cada um tem um histórico de vida – a gestação, a infância, a maneira como foram educados por seus pais (uma educação rude e autoritária ou uma educação liberal demais, que os fazia se sentirem rejeitados), a escola, como foram informados sobre a sexualidade, as rejeições da adolescência, quando eram jovens e cheios de ideais. Tais marcas acabam incidindo sobre o casamento.

A partir desse exemplo fica mais fácil entender por que acabamos ferindo as pessoas que mais amamos. É como um recipiente cheio d’água que, a certa altura, começa a transbordar. Conosco também ocorre o mesmo; derramamos aquilo que está em excesso dentro de nós justamente sobre as pessoas que mais amamos, como é o caso de marido e mulher.

O marido tem certeza de que sua mulher o ama, uma vez que ela já deu muitas demonstrações disso, mas mesmo assim ele se excede com ela. Às vezes, não se trata de nada grave, contudo, derramou sobre ela todo o seu negativismo, que geralmente não tem uma causa, sendo apenas reflexo do passado. Certamente esse marido precisa de muita cura e libertação. E a beleza de tudo isso é que o Senhor quer curar e libertar. Por isso, é preciso buscar a cura dessas coisas concretas.

Tal comentário não tem a intenção de manifestar que as mulheres sejam santas e os maridos pecadores, porque a mesma coisa também acontece com elas. Quantas e quantas vezes o marido chega em casa e a mulher derrama sobre ele uma enxurrada de reclamações que ele nem sequer entende. Muitas esposas sempre arrumam uma dificuldade: ele entrou em casa com o pé sujo, derramou qualquer coisa no chão, não lhe deu atenção nem foi carinhoso, enfim, uma infinidade de queixas que, quando analisadas, descobre-se que não são o verdadeiro motivo do desentendimento. Possivelmente, uma simples atitude tenha sido a gota que fez o recipiente transbordar. Então, em virtude de um passado doloroso surgem aqueles enormes problemas entre o casal.

Uma hipótese é que a esposa talvez tenha sido humilhada e rejeitada desde a infância. Deus caprichou nas mulheres e as criou cheias de amor, mas, talvez essa mulher não tenha conseguido amar nem ser amada, pelo contrário, tenha sido ignorada e manipulada, inclusive, na própria casa. Ela carregava toda essa carga quando se casou com seu marido. Além de experiências dolorosas dos namoros e da sexualidade que experimentou. Quanta frustração sexual! Ninguém lhe permitiu que crescesse como mulher, em sua feminilidade, porque sexualidade não se resume a um órgão genital e ao prazer. Talvez tenha sido reprimida naquilo em que era mais ela mesma, por causa da educação recebida em casa, a qual não condizia com o seu interior. Ela observava o comportamento das colegas e o que mostravam os romances, as novelas e filmes. Quem sabe ela tenha até sonhado e mesmo tentado vivenciar tais acontecimentos, mas sentia que estes não condiziam com seu interior. Foram experiências interiores ruins e sofridas de incapacidade de ser o que se é. Nosso ser sofre por não conseguir ser aquilo que Deus o criou.

Tudo isso foi mencionado para que entendamos que a vivência no Espírito deve atingir a nossa vida concreta. É essa a pretensão do Senhor.

Autor: monsenhor Jonas Abib

Postado por Ranys Ribeiro 

Sínodo vai celebrar os 100 anos da arquidiocese da Paraíba.

Igreja na Paraíba.
A arquidiocese da Paraíba, convocou presbíteros, diáconos, religiosos, lideranças cristãs, fiéis leigos para a realização do 1º Sínodo Arquidiocesano que acontece em 2012 e 2013. O evento tem por objetivo celebrar os 100 anos (1914–2014) da sua elevação ao título de arquidiocese.

Para dar início aos trabalhos, a partir do tema “A identidade, a vida e a missão da Igreja na Paraíba” e o lema “Temos um longo caminho a percorrer”, está sendo realizada uma pesquisa, desde o dia 5 de agosto, até o próximo mês de outubro, sobre a Igreja na Paraíba junto às esferas eclesiais (pesquisa interna) e aos representantes de diversos setores da sociedade (pesquisa externa). Após a realização e o resultado da pesquisa sobre o rosto da Igreja no estado, serão refletidas as marcas históricas significativas ao longo dos seus 100 anos de caminhada.

O Sínodo pretende responder algumas questões na mudança de época na qual vivemos: o que Deus quer de nós e da nossa Igreja? O que a sociedade espera da Igreja? Quais serão as propostas concretas para enfrentar tantos desafios? Como a Igreja dialoga e interage com a sociedade? Como atua nos centros de decisão política, nos meios de comunicação, nas universidades, escolas, no mundo do trabalho, enfim, nos ambientes e circunstâncias onde a vida acontece?

Os trabalhos sinodais vão ser desenvolvidos a partir de três comissões: Comissão Histórica e Patrimonial, Comissão Teológica e Pastoral e Comissão para a Formação dos Ministérios Ordenados e Leigos. “Devemos buscar a integração das três dimensões: a Palavra de Deus, a Liturgia e a Caridade. Elas correspondem ao múnus ou ministério: profético, sacerdotal e régio de Jesus Cristo, participado a todo cristão batizado. Essas dimensões articulam as intuições do Concílio Vaticano II, fundamentadas na ‘Lumen Gentium’ (A Luz dos Povos) e dos Documentos referenciais a serem trabalhados intensamente no Sínodo”, comentou o arcebispo.

Dados da Redação CNBB.

Postado por Ranys Ribeiro 

15 de ago. de 2011

Manifestação em Brasília pede aprovação do Estatuto do Nascituro.

No dia 31 de agosto, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), será palco da 4ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, que neste ano terá como tema “Quero viver! Você me ajuda?”. A marcha é uma iniciativa do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto.
 
O evento acontecerá às 15 horas e pedirá a aprovação do Estatuto do Nascituro (Projeto de Lei 478/2007) que tramita no Congresso Nacional.

“O Brasil já tem leis aprovadas como o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso e já existe proposta para aprovar o Estatuto da Juventude. Chegou a hora de o país ter o seu Estatuto do Nascituro, que já foi aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, mas precisa ser aprovado também por mais duas Comissões na Câmara dos Deputados”, diz um dos trechos do panfleto da 4ª Marcha Nacional, que convoca a população para a concentração em frente ao Museu Nacional.
 
A manifestação pretende ainda entregar 50 mil assinaturas ao Presidente da Câmara dos Deputados, pedindo a aprovação do Estatuto.

Do Site Canção Nova

Postado por Ranys Ribeiro

13 de ago. de 2011

Evangelho de Hoje (Mateus 19,13-15)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

 Naquele tempo, levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam. Então Jesus disse: “Deixai as crianças, e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus”. E depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Liturgia Diária - Canção Nova. 

O pensamento sobre o Reino dos céus.

À reflexão de seus seguidores Jesus propôs um dos temas mais difíceis sobre qual seja o Reino dos céus. Pedagogo Divino, Cristo expôs inúmeras parábolas para falar sobre os mistérios deste Reino (cf. Mt 13, 1-52). Não é, realmente, fácil reportar às verdades invisíveis. O grande perigo é projetar falsas ideias no Reino, que já é agora uma realidade, mas que ainda está para se consumar para cada um. Há sempre toda uma carga de nosso imaginário consciente ou inconsciente. Cumpre evitar pintar o Reino a vir com as cores de um paraíso à moda das grandes mitologias pagãs, com suas descrições encantadoras, mas irreais.
Para deixar claro em que consiste o Reino, o Mestre Divino recorreu às parábolas, ou seja, a narrações alegóricas nas quais o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior.

É impossível fechar numa descrição unívoca o que é o Reino dos céus. Ele escapa a toda determinação precisa. Ele, porém, está intimamente ligado à Pessoa mesma que o anuncia: Jesus de Nazaré. É tesouro oculto, pérola rara, comparação que mostra sua preciosidade. Quem o valoriza deixa qualquer outro bem para ter a posse dele.

Neste Reino, representado por uma rede, entram bons e maus, mas um dia se dará a separação definitiva no fim dos tempos, quando os infiéis receberão justo castigo. Para isso cumpre fugir da utopia política e não se deixar levar pelo fervor dos falsos profetas e seus arroubos messiânicos. Promessas dos que fabricam usinas de ilusão. É preciso ficar atento às mensagens da mídia que não passam de sistema de ideias dogmaticamente organizado como um instrumento de enganação política.

Somente Jesus tem promessas de vida eterna no Reino dos céus. O céu e a terra passarão, mas felizes os que compreendem a salvação que Deus oferece em seu Filho Jesus Cristo. Entretanto, como o Reino dos céus é algo a ser conquistado, apenas os que cooperarem para o progresso e o desenvolvimento da cidade terrena, competentes nas tarefas específicas confiadas a cada um é que poderão, um dia, possuir em plenitude este Reino lá na eternidade.

Trata-se do cumprimento do dever em casa, no trabalho, no apostolado. É preciso, de fato, ir além da estrutura social para sempre contemplar as pessoas que vivem os acontecimentos históricos como co-herdeiros do céu.

O pensamento do Reino dos céus não pode ser alienante, mas deve levar a ações concretas a bem do próximo. Mostra que as instituições e a sociedade no seu conjunto devem estar a serviço, sobretudo, dos marginalizados, dos mais pobres e deserdados da fortuna. Ao falar do Reino dos céus, Jesus nos convida precisamente a modificar nossa maneira e nossos critérios humanos.

É participando da história do mundo visível que cada um trabalha para que ninguém perca o rumo do Paraíso. São os mesmos atos, as mesmas decisões, os mesmos engajamentos que tomam sentido e valor numa e noutra realidade. Corre-se, de fato, o risco de se ater a valores diferentes segundo os critérios do mundo e os do Reino.

Tão somente alguém entrará no Reino se puder dizer ao deixar esta terra: "O mundo ficou melhor porque eu por ele passei". É, portanto, participando de acordo com a vocação específica de cada um e sua responsabilidade social que se entrará na posse definitiva do Reino oferecido por Cristo. Trata-se de cultivar os talentos que o Ser Supremo conferiu a cada ser pensante, velando pelos irmãos no meio dos quais Deus nos chama a servi-Lo. Deste modo se aguarda o retorno de Jesus na hora da morte e no fim dos tempos.

Esta expectativa é que permite a cada um se situar de maneira justa nos engajamentos concretos que é preciso assumir na sociedade em que vive. É esta abertura contínua para o outro que nos guarda de toda idolatria funesta e de todo descorajamento. Estas foram as primeiras palavras de João Paulo II ao assumir a Cátedra de Pedro: "Não tenhais medo. Abri todas as portas da sociedade a Cristo". Essa é a tarefa sublime do cristão que deve trabalhar no desenvolvimento integral das pessoas, levando a mensagem do Reino dos céus. É pedir então a Jesus que dê a cada um de Seus seguidores olhos para ver as necessidades do próximo e ouvidos para entender os apelos do Espírito Santo. Então, sim, o seguidor do Mestre Divino será semelhante a um proprietário que tira de seu tesouro coisas novas e velhas. Para isso é necessário pedir sempre ao Senhor: “Venha a nós o vosso Reino” e trabalhar corajosamente para que todos deles participem para glória de Deus e bem das almas.

Autor: Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Postado por Ranys Ribeiro

10 de ago. de 2011

Viver o processo da fé.

Por quanto sofrimento é preciso passar para chegar à verdade desta frase: “Deus caminha comigo, Deus é meu grande amigo, Ele é mais forte um abrigo, Ele caminha comigo, n'Ele posso confiar”? Não tem nada por acaso nesta vida, não podemos chegar se não caminharmos. Se eu preciso andar 5 km, preciso ter a disposição do primeiro passo e acreditar que de passo em passo chegarei. Tudo é processo, tem começo, meio e fim. O processo da fé é pontuado. A fé cristã é audaciosa, o que Jesus nos propõe é uma verdade audaciosa.

Hoje a Igreja nos convida a termos fé, a vivermos o processo da fé e acreditarmos mesmo que não tenhamos razões para isso. A nossa fé passa pelo processo da inteligência, mas ela acontece quando precisamos passar por uma situação humana que nos parece insuportável. E Deus começa arrancar de você frutos que não semeou. É a fé como dom, que começa a ver a vida a partir de um olhar que antes ninguém tinha lhe ensinado.

A Igreja diz que a fé é dom. E temos a responsabilidade de administrá-lo. A salvação é dom, mas é tarefa. Eu preciso buscar a minha atitude para confirmar o que Cristo realizou na minha vida. A fé humana indica para uma fé maior. A fé primeira que experimentamos na vida é a fé natural do dia a dia. Entramos num restaurante e não pensamos que a comida pode estar envenenada, você confia que não tem nada naquele alimento. A fé é uma experiência humana, natural, que dá equilíbrio para a gente.

Para mim não há nada mais precioso que confiar em alguém. Como é importante para o padre a confiança em quem está perto de nós. E a partir dessa experiência humana, Deus nos convida a experimentar algo muito maior.

Pedro, homem que fez a experiência de Jesus e mostra aqui sua fragilidade no processo de fé. Acho que Jesus o chamou de Simão nessa hora em que não tinha feito a experiência de Jesus, em que não tinha feito a travessia que ele precisava. A fé vai ser vivida enquanto formos gente.

A Igreja nos pede a fé no Ressuscitado, pois só essa fé nos poderá direcionar para o homem e a mulher que Jesus idealizou para cada um de nós. Estamos em travessia, processos que nunca terminam, pois nunca estaremos prontos para Deus. Sempre estaremos inacabados. A arte é assim, sempre inacabada, porque se estiver acabada, não haverá mais a fazer. Nós sobrevivemos daquilo que em nós é inacabado.
O que Deus já fez na sua vida hoje não será o suficiente para o que você precisará amanhã. Não somos postes, postes ficam parados, somos estrelas em deslocamento. Deus vai visitá-lo a partir da sua particularidade. Não devemos medir o quanto de fé cada um tem. Precisamos ser cada dia mais homens de fé. Muitas vezes, o caminho que precisamos percorrer não é tão longo, mas por não termos dimensão da distância, ficamos parados. Muitas vezes, eu encontro ateus que estão muitos mais próximos de Deus que eu, porque, às vezes, eles estão mais honestos e se aproximaram mais das questões humanas. Precisamos nos aproximar das questões humanas, estamos inseridos numa sociedade e é preciso encarnar em nossa história tudo aquilo que dizemos crer.

Se você acredita no mesmo Deus que eu, tenho com você uma responsabilidade. Pois não tenho o direito de negligenciar o conteúdo dessa pregação, por isso eu sou um padre de travessia. O papel de padre hoje é ser o testemunho coerente de quem fez esse opção radical por ser Jesus de novo através da vida sacramental. Os sacramentos que celebramos são para santificar nossa alma e dar sentido às atitudes do corpo. É a totalidade da salvação acontecendo em nós e através de nós.

A Igreja quer cada dia mais que a fé que celebramos vire vida na comunidade, que você sinta em Jesus o motivo da sua atitude. Eu estou aqui configurado a Ele, quero ser como Ele. Quanto mais eu acredito em Deus, tanto maior é a minha capacidade de acreditar nos meus irmãos.

Que amor a Deus é esse que não o faz amar seus irmãos? A fé que eu tenho em Jesus muda o modo de como eu olho para aqueles que estão do meu lado. Se Jesus tivesse a oportunidade de passar aqui como eu estou Ele lhe diria: “Vamos lá, não fique parado! Vamos fazer o que será. Vamos visitar regiões do seu coração às quais você ainda não conseguiu ir.”

Muitas vezes na nossa miséria não acreditamos que Deus acredita em nós. Vamos acelerar o processo de nosso crescimento pessoal. Quanto mais acreditarmos em Deus, e tivermos a fé para suportar o sofrimento, tanto mais O testemunharemos.

Hoje precisamos tomar a decisão de deixar Deus acelerar em nós o crescimento, para isso você precisa dar passos, tratar melhor seu marido, seu funcionário, deixar de fumar, etc. Você precisa acreditar em você.

O que você precisa fazer concretamente para dar um passo na fé? Faça seu compromisso consigo mesmo, acredite que a partir de hoje você será uma pessoa diferente, uma pessoa melhor. Acredite em si mesmo para demonstrar que Deus crê em você. Eu creio em Deus e Ele crê em mim, e nós dois juntos ninguém segura.

Autor: Padre Fábio de Melo

Postado por Ranys Ribeiro

6 de ago. de 2011

Reflexão do Dia - Anjo

O menino voltou-se para a mãe e perguntou: - Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum.

Como ela lhe afirmasse a existência deles, o pequeno disse que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo.

- É uma boa idéia, falou a mãe.

Irei com você. -

Mas você anda muito devagar, argumentou o garoto. Você tem um pé aleijado.

A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ele pensava.

Lá se foram.

O menino saltitando e correndo e a mãe mancando, seguindo atrás.

De repente, uma carruagem apareceu na estrada.

Majestosa, puxada por lindos cavalos brancos. Dentro dela, uma dama linda, envolta em veludos e sedas, com plumas brancas nos cabelos escuros.

As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis. Ele correu ao lado da carruagem e perguntou à senhora:

- Você é um anjo? Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao cocheiro que chicoteou os cavalos e a carruagem sumiu na poeira da estrada.

Os olhos e a boca do menino ficaram cheios de poeira. Ele esfregou os olhos e tossiu bastante.

Então, chegou sua mãe que limpou toda a poeira, com seu avental de algodão azul.

- Ela não era um anjo, não é, mamãe? -

Com certeza, não.

Mas um dia poderá se tornar um, respondeu a mãe.

Mais adiante uma jovem belíssima, em um vestido branco, encontrou o menino. Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou:

- Você é um anjo? Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz: - Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo. Enquanto acariciava o menino e o beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais do que depressa, colocou o garoto no chão.

Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar bem nos pés e caiu. - Olhe como você sujou meu vestido branco, seu monstrinho! - Disse ela, enquanto corria ao encontro do seu amado.

O menino ficou no chão, chorando, até que chegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul. -

Aquela moça, certamente, não era um anjo.

O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado.

- Você me carrega?

- É claro - disse a mãe

- Foi para isso que eu vim.

Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava.

Então o menino a abraçou com força e lhe perguntou:

- Mãe, você não é um anjo?

A mãe sorriu e falou mansinho:

- Imagine, nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu.

Anjos são todos os que na Terra se tornam guardiões dos seus amores. São mães, pais, filhos, irmãos e amigos que renunciam a si próprios, à suas vidas em benefício dos que amam.

As mães, sobretudo, prosseguem a se doar e velar por seus filhos, mesmo além da fronteira da morte, transformando-se em protetoras daqueles que na terra ficaram, como pedaços de seu próprio coração.

 Postado por Ranys Ribeiro

29 de jul. de 2011

Rompa com o pecado!

Precisamos ser decididos! O grande mal é levarmos a nossa vida no "mais ou menos". A decisão de romper com o pecado cabe a nós, e Deus está presente, com toda Sua graça, para nos liberar desse mal. Decida-se: PHN! Por hoje não vou mais pecar. Esta é a primeira posição de todo guerreiro: romper com o pecado e, depois, a cada novo dia tomar a decisão: "Por hoje eu não vou mais pecar!"

Você precisa lutar e chegar íntegro a Deus Pai. O céu é para os decididos, para os violentos; o inferno é para os moles, os fracos e indecisos. Se cairmos durante a caminhada, a solução ideal é o arrependimento. Arrependa-se imediatamente, pois temos um Defensor, um Advogado de defesa diante do Pai: Jesus Cristo, o justo. Ele é vítima de expiação por nossos pecados e os do mundo inteiro.

Ninguém ficará aqui na terra eternamente. Seremos transplantados para o lugar daquele a quem servimos. Ou servimos a Deus, nosso Pai, ou servimos ao príncipe deste mundo, que é um traidor, um usurpador, que quer roubar os filhos de Deus. Não é possível servir aqui o príncipe deste mundo e esperar que sejamos transplantados para a casa de Deus, o céu. Queiramos ou não, iremos para os braços daquele a quem servimos nesta vida. Felizmente, você não tem um lugar reservado no inferno. Você só irá para lá se quiser e teimar! Portanto, tenha os olhos sempre voltados para o Alto, onde está o seu tesouro, o lugar eterno que Deus tem para você.

A nossa meta deve ser romper com o pecado e seguir a Deus. Investir a vida naquilo que é definitivo: a nossa morada no céu.

Deus te abençoe!

Monsenhor Jonas Abib

Sem o amor, tudo o que fazemos é inútil.

Que a nossa meta seja o amor! O amor cobre uma multidão de pecados, como ensina a Palavra de Deus. Jesus não quer que o vivamos de qualquer jeito, só da boca para fora. Deus não quer um amor fingido!

Amor fingido?! Isso existe?! Existe até demais! Nosso mundo prima pela aparência. Estamos numa sociedade muito frágil, que pôs os seus alicerces não na verdade, mas nas aparências.

Nesta sociedade, as coisas boas só valem a pena desde que sejam vistas, aplaudidas e tragam um retorno ainda maior para quem as fez. Isso não é amor, é comércio; e pode acontecer com cada um de nós se fizermos as boas obras esperando algo em troca.

O amor é gratuito. Não só é gratuito, mas nós o devemos a todos os que de nós se aproximam: "Não tenhais dívida alguma com ninguém, a não ser a de um amor mútuo, pois quem ama o seu semelhante cumpriu a lei" (Rm 13, 8-10).

Como termômetro da caridade devemos lembrar que é importante fazer o bem, mas ainda é mais importante querer o bem, que antes do "bem fazer" venha o "bem querer". Sem o amor, tudo o que fazemos é inútil; nossas boas obras podem até ser aproveitadas por alguém, mas a nós de nada servirão diante de Deus.

O amor precisa ser a raiz de tudo o que fazemos. Como é que Deus nos ensina a amar? Ele nos ensina muito concretamente: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Nosso Pai está nos dizendo que para amar sem falsidade devemos fazer às pessoas tudo o que gostaríamos que alguém fizesse a nós e que não façamos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem.
Parece simples, mas a nossa velha natureza, marcada pelo pecado, reage mal a essa proposta. Por isso, não podemos buscar as forças neste coração meramente humano, precisamos buscá-las no coração divino, que Deus plantou dentro de nós.

Para amar assim só com um novo coração. Todo batizado tem este "coração novo", o que precisa é usá-lo, exercitá-lo. "Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros" (Rm 12,9).


Mensagens do Dia

Não há o que temer, Deus está conosco!

Somos casa de Deus, porque Ele mesmo quis que fosse assim.

Deus não habita em templos feitos de mãos humanas” (cf. Atos dos Apóstolos 17,24), mas sim em nossa alma feita à imagem d’Ele, por isso precisamos honrar e respeitar o nosso corpo, que é templo do Espírito Santo.

“Porque somos o templo de Deus vivo” (II Cor 6,16b).

O Todo-poderoso habita em nosso coração e convive constantemente conosco; não estamos sós. Não há felicidade maior do que esta. Ele faz tudo conosco e sempre está ao nosso lado, exceto quando pecamos. Não temos motivo para temer nem para nos deixar abater.

Ao tomarmos posse dessa verdade (de que Deus habita em nosso interior), a nossa vida ganha um novo sabor e um novo significado.

Façamos hoje a experiência de convidar Jesus para fazer todas as coisas conosco e de pedir-Lhe ajuda em todas as situações, perguntando a Ele como devemos agir, pensar e rezar diante das situações, principalmente das mais adversas.

Jesus, eu confio em Vós!

CANÇÃO NOVA

28 de jul. de 2011

A amizade amadurecida.

Uma das características da infância é a incapacidade de dividir coisas. Uma criança não pode dividir porque não se possui, porque ainda não sabe o que ela é. Você começa a identificar a maturidade a partir do momento em que uma criança consegue perceber as regras de um joguinho.

A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado.

Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento em que começa a brincar. A maturidade acontece quando tomamos posse do que nós somos, para aí então podermos nos dividir com os outros. Isso faz parte desse processo de amadurecimento.

Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas, já adultas, ainda pensam assim, trata-se da incapacidade de amar devido à falta de maturidade.

Todos os encontros de Jesus Cristo levam à implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantá-lo quem é adulto e já entende que só se começa a amar a partir do momento em que eu não quero mudar quem eu amo.

Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao lado d'Ele.

Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa amar o outro como ele é. Por isso quando falamos em amar os outros podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento com relação à nossa maturidade.

A santidade começa na autenticidad, por essa razão Cristo nos pede que sejamos como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para nós mesmos.

Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém o observe, pois você já viu aquilo como um valor.

Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos; ao passo que pessoas maduras deixam que os fatos as modifiquem. A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou.

Muitas vezes, os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não as trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabemos que esses defeitos não serão espelhos para nós; mas seremos instrumentos de Deus para que os superem.

Padre só pode ser padre a partir do momento em que é apaixonado pelos calvários da humanidade. Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se.

Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer dele uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança!

O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja.

Amar alguém é viver o exercício constante de não querer fazer do outro o que nós gostaríamos que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é, acima de tudo, a experiência do respeito.

Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e, por isso, você o ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades você saberá o quanto é amado.

Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz.

Padre Fábio de Melo

30 de mar. de 2011

Quaresma

MENSAGEM DO PAPA BENTO PARA A QUARESMA


Escrito por Coordenador Estadual da Comunicação Social

Sepultados com Ele no batismo, foi t ambém com Ele que ressuscitastes (cf. Cl 2, 12)

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho.

O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas batismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos "da água e do Espírito Santo", e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à ação da Graça para sermos seus discípulos.

Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).


No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida.

A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: "Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...". "Ins ensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma..." (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo.

Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.

Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco...

O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.

Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Batismo.

Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas ações. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.