29 de jul. de 2011

Rompa com o pecado!

Precisamos ser decididos! O grande mal é levarmos a nossa vida no "mais ou menos". A decisão de romper com o pecado cabe a nós, e Deus está presente, com toda Sua graça, para nos liberar desse mal. Decida-se: PHN! Por hoje não vou mais pecar. Esta é a primeira posição de todo guerreiro: romper com o pecado e, depois, a cada novo dia tomar a decisão: "Por hoje eu não vou mais pecar!"

Você precisa lutar e chegar íntegro a Deus Pai. O céu é para os decididos, para os violentos; o inferno é para os moles, os fracos e indecisos. Se cairmos durante a caminhada, a solução ideal é o arrependimento. Arrependa-se imediatamente, pois temos um Defensor, um Advogado de defesa diante do Pai: Jesus Cristo, o justo. Ele é vítima de expiação por nossos pecados e os do mundo inteiro.

Ninguém ficará aqui na terra eternamente. Seremos transplantados para o lugar daquele a quem servimos. Ou servimos a Deus, nosso Pai, ou servimos ao príncipe deste mundo, que é um traidor, um usurpador, que quer roubar os filhos de Deus. Não é possível servir aqui o príncipe deste mundo e esperar que sejamos transplantados para a casa de Deus, o céu. Queiramos ou não, iremos para os braços daquele a quem servimos nesta vida. Felizmente, você não tem um lugar reservado no inferno. Você só irá para lá se quiser e teimar! Portanto, tenha os olhos sempre voltados para o Alto, onde está o seu tesouro, o lugar eterno que Deus tem para você.

A nossa meta deve ser romper com o pecado e seguir a Deus. Investir a vida naquilo que é definitivo: a nossa morada no céu.

Deus te abençoe!

Monsenhor Jonas Abib

Sem o amor, tudo o que fazemos é inútil.

Que a nossa meta seja o amor! O amor cobre uma multidão de pecados, como ensina a Palavra de Deus. Jesus não quer que o vivamos de qualquer jeito, só da boca para fora. Deus não quer um amor fingido!

Amor fingido?! Isso existe?! Existe até demais! Nosso mundo prima pela aparência. Estamos numa sociedade muito frágil, que pôs os seus alicerces não na verdade, mas nas aparências.

Nesta sociedade, as coisas boas só valem a pena desde que sejam vistas, aplaudidas e tragam um retorno ainda maior para quem as fez. Isso não é amor, é comércio; e pode acontecer com cada um de nós se fizermos as boas obras esperando algo em troca.

O amor é gratuito. Não só é gratuito, mas nós o devemos a todos os que de nós se aproximam: "Não tenhais dívida alguma com ninguém, a não ser a de um amor mútuo, pois quem ama o seu semelhante cumpriu a lei" (Rm 13, 8-10).

Como termômetro da caridade devemos lembrar que é importante fazer o bem, mas ainda é mais importante querer o bem, que antes do "bem fazer" venha o "bem querer". Sem o amor, tudo o que fazemos é inútil; nossas boas obras podem até ser aproveitadas por alguém, mas a nós de nada servirão diante de Deus.

O amor precisa ser a raiz de tudo o que fazemos. Como é que Deus nos ensina a amar? Ele nos ensina muito concretamente: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Nosso Pai está nos dizendo que para amar sem falsidade devemos fazer às pessoas tudo o que gostaríamos que alguém fizesse a nós e que não façamos aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem.
Parece simples, mas a nossa velha natureza, marcada pelo pecado, reage mal a essa proposta. Por isso, não podemos buscar as forças neste coração meramente humano, precisamos buscá-las no coração divino, que Deus plantou dentro de nós.

Para amar assim só com um novo coração. Todo batizado tem este "coração novo", o que precisa é usá-lo, exercitá-lo. "Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros" (Rm 12,9).


Mensagens do Dia

Não há o que temer, Deus está conosco!

Somos casa de Deus, porque Ele mesmo quis que fosse assim.

Deus não habita em templos feitos de mãos humanas” (cf. Atos dos Apóstolos 17,24), mas sim em nossa alma feita à imagem d’Ele, por isso precisamos honrar e respeitar o nosso corpo, que é templo do Espírito Santo.

“Porque somos o templo de Deus vivo” (II Cor 6,16b).

O Todo-poderoso habita em nosso coração e convive constantemente conosco; não estamos sós. Não há felicidade maior do que esta. Ele faz tudo conosco e sempre está ao nosso lado, exceto quando pecamos. Não temos motivo para temer nem para nos deixar abater.

Ao tomarmos posse dessa verdade (de que Deus habita em nosso interior), a nossa vida ganha um novo sabor e um novo significado.

Façamos hoje a experiência de convidar Jesus para fazer todas as coisas conosco e de pedir-Lhe ajuda em todas as situações, perguntando a Ele como devemos agir, pensar e rezar diante das situações, principalmente das mais adversas.

Jesus, eu confio em Vós!

CANÇÃO NOVA

28 de jul. de 2011

A amizade amadurecida.

Uma das características da infância é a incapacidade de dividir coisas. Uma criança não pode dividir porque não se possui, porque ainda não sabe o que ela é. Você começa a identificar a maturidade a partir do momento em que uma criança consegue perceber as regras de um joguinho.

A maturidade faz parte de um processo. Em um processo não podemos queimar etapas. Ele é lento, chato e demorado.

Uma criança passa por um momento de amadurecimento a partir do momento em que começa a brincar. A maturidade acontece quando tomamos posse do que nós somos, para aí então podermos nos dividir com os outros. Isso faz parte desse processo de amadurecimento.

Não nascemos amando, pelo contrário, queremos ter a posse dos outros. Essa é a forma de amar da criança, pois ela não consegue pensar de maneira diferente. Ela não consegue entender que o outro não é ela. Quantas pessoas, já adultas, ainda pensam assim, trata-se da incapacidade de amar devido à falta de maturidade.

Todos os encontros de Jesus Cristo levam à implantação do Reino de Deus. Mas só pode implantá-lo quem é adulto e já entende que só se começa a amar a partir do momento em que eu não quero mudar quem eu amo.

Geralmente quando tememos alguém ruim ao nosso lado é porque nos reconhecemos naquela pessoa. Jesus não tinha o que temer porque era puramente bom, por isso contagiava os que estavam ao lado d'Ele.

Na maturidade de Jesus você encontra a capacidade imensa de amar o outro como ele é. Amar significa amar o outro como ele é. Por isso quando falamos em amar os outros podemos perceber o quanto deixamos de ser crianças. Devemos nos questionar a todo o momento com relação à nossa maturidade.

A santidade começa na autenticidad, por essa razão Cristo nos pede que sejamos como as crianças, que são verdadeiras e simples. É nisso que devemos manter da nossa infância e não a forma de possuir as coisas para nós mesmos.

Você tem condições para perceber a sua maturidade. É só observar se você é obediente mesmo quando não há pessoas ao seu redor. Você não precisa que ninguém o observe, pois você já viu aquilo como um valor.

Pessoas imaturas sofrem dobrado. Pessoas imaturas querem modificar os fatos; ao passo que pessoas maduras deixam que os fatos as modifiquem. A maturidade nos faz perceber que não podemos mudar os fatos. Um imaturo ganha um limão e o chupa fazendo careta. O maduro faz uma limonada com o limão que ganhou.

Muitas vezes, os nossos relacionamentos de amizade são uns fracassos porque somos imaturos. Amigos não são o que imaginamos, mas o que eles são e com todos os defeitos. Amizade é processo de maturidade que nos leva ao verdadeiro encontro com as pessoas que estão ao nosso lado. Elas têm todos os defeitos, mas fazem parte da nossa vida e não as trocamos por nada deste mundo. Isso porque temos alma de cristão e aquele que tem alma de cristão não tem medo dos defeitos dos outros, porque sabemos que esses defeitos não serão espelhos para nós; mas seremos instrumentos de Deus para que os superem.

Padre só pode ser padre a partir do momento em que é apaixonado pelos calvários da humanidade. Se você não consegue lidar com os limites dos outros, é porque você não consegue lidar com os seus limites. A rejeição é um processo de ver-se.

Toda vez que eu quero buscar no outro o que me falta, eu o torno um objeto. Eu posso até admirar no outro o que eu não tenho em mim, mas eu não tenho o direito de fazer dele uma representação daquilo que me falta. Isso não é amor, isso é coisa de criança!

O anonimato é um perigo para nós. É sempre bom que estejamos com pessoas que saibam quem somos nós e que decisões nós tomamos na vida. É sempre bom estarmos em um lugar que nos proteja.

Amar alguém é viver o exercício constante de não querer fazer do outro o que nós gostaríamos que ele fosse. A experiência de amar e ser amado é, acima de tudo, a experiência do respeito.

Como está a nossa capacidade de amar? Uma coisa é amar por necessidade e outra é amar por valor. Amar por necessidade é querer sempre que o outro seja o que você quer. Amar por valor é amar o outro como ele é quando ele não tem mais nada a oferecer, quando ele é um inútil e, por isso, você o ama tanto. Na hora em que forem embora as suas utilidades você saberá o quanto é amado.

Tudo vai ser perdido, só espero que você não se perca. Enquanto você não se perder de si mesmo você será amado, pois o que você é significa muito mais do que você faz.

Padre Fábio de Melo