21 de ago. de 2011

A Jornada Mundial da Juventude será no Rio de Janeiro em 2013.

Bento XVI anunciou, neste domingo, 21, na Santa Missa de encerramento da JMJ Madri, que o Brasil é o próximo país a receber os jovens do mundo para um encontro com o Sucessor de Pedro.

A alegria tomou conta dos mais de 15 mil brasileiros que estavam no Aeródromo de Cuatro Vientos, local da Celebração Eucarística com Bento XVI. As câmeras, os microfones e toda a atenção do público se voltaram para o grito dos brasileiros ao ouvirem o anúncio do Sumo Pontífice.

Ainda durante a celebração, na saudação que fez em várias línguas, o Santo Padre declarou aos jovens na saudação em língua portuguesa: “Nos encontramos no Rio de Janeiro em 2013”, quando se pôde ouvir em Cuatro Vientos os gritos: “Brasil! Brasil!”

A equipe da Canção Nova, que estava cobrindo o evento, também fez muita festa na Sala de Imprensa a ouvir o Papa anunciar o Rio como sede da JMJ 2013. Em seguida, uma chuva de repórteres veio entrevistar-nos.

Um dos repórteres nos perguntou se a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 não iriam ofuscar a JMJ. Dissemos que são eventos diferentes e público diferente. “Apesar de saber que os jovens também vão para conhecer o país, a cultura e fazer um pouco de turismo, os jovens da JMJ têm um objetivo claro: um encontro com Jesus Cristo junto ao Sucessor de Pedro”, segundo afirmação de nossa equipe aos jornalistas.
Ainda hoje, às 16 horas (11 horas no horário do Brasil), os brasileiros que estão em Madri têm um encontro marcado na Estação Príncipe Pio. Um show celebrará a festa brasileira no palco Madrid-Rio, contando com a presença de mais de 30 cantores católicos para animar os peregrinos que estão na capital espanhola.

Agora,  a Igreja do Brasil inaugura uma nova fase de muito trabalho, muita oração e muita alegria, porque em 2013 receberemos Bento XVI junto com os jovens de todo o mundo.

Por Daniel Machado

20 de ago. de 2011

Não tenham vergonha de Cristo

As primeiras palavras que o Papa Bento XVI disse aos jovens, assim que chegou a Madri, Espanha, para a Jornada Mundial da Juventude, foram estas: “Venho aqui para me encontrar com milhares de jovens de todo o mundo, católicos, interessados por Cristo ou à procura da verdade que dê sentido genuíno à sua existência”. E prosseguiu no seu discurso: “NÃO TENHAM VERGONHA DE CRISTO. Os maiores desafios que os jovens devem superar hoje, além da crise e do vazio moral, são as dificuldades econômicas e as incertezas, precisamente a do secularismo, que pretende afogar a presença do âmbito religioso. Muitos jovens, “por causa da sua fé em Cristo, são vítimas de discriminação, que gera o desprezo e a perseguição, aberta ou dissimulada, que sofrem em determinadas regiões e países”.

“Molestam-nos querendo afastá-los d’Ele, privando-os dos sinais da Sua presença na vida pública e silenciando mesmo o seu santo Nome.”

“É urgente ajudar os jovens discípulos de Jesus a permanecerem firmes na fé e a assumirem a maravilhosa aventura de anunciá-la e testemunhá-la abertamente com a sua própria vida. Um testemunho corajoso e cheio de amor pelo homem irmão, ao mesmo tempo decidido e prudente, sem ocultar a própria identidade cristã, num clima de respeitosa convivência com outras legítimas opções e exigindo, ao mesmo tempo, o devido respeito pelas próprias”.

Unamo-nos ao Santo Padre em oração pelos jovens, para que nada e nem ninguém os afaste do amor de Cristo Jesus.

Jesus, eu confio em Vós!

Autora: Luzia Santiago

17 de ago. de 2011

Por que acabamos ferindo as pessoas que mais amamos?

entendem? Porque cada um tem um histórico de vida – a gestação, a infância, a maneira como foram educados por seus pais (uma educação rude e autoritária ou uma educação liberal demais, que os fazia se sentirem rejeitados), a escola, como foram informados sobre a sexualidade, as rejeições da adolescência, quando eram jovens e cheios de ideais. Tais marcas acabam incidindo sobre o casamento.

A partir desse exemplo fica mais fácil entender por que acabamos ferindo as pessoas que mais amamos. É como um recipiente cheio d’água que, a certa altura, começa a transbordar. Conosco também ocorre o mesmo; derramamos aquilo que está em excesso dentro de nós justamente sobre as pessoas que mais amamos, como é o caso de marido e mulher.

O marido tem certeza de que sua mulher o ama, uma vez que ela já deu muitas demonstrações disso, mas mesmo assim ele se excede com ela. Às vezes, não se trata de nada grave, contudo, derramou sobre ela todo o seu negativismo, que geralmente não tem uma causa, sendo apenas reflexo do passado. Certamente esse marido precisa de muita cura e libertação. E a beleza de tudo isso é que o Senhor quer curar e libertar. Por isso, é preciso buscar a cura dessas coisas concretas.

Tal comentário não tem a intenção de manifestar que as mulheres sejam santas e os maridos pecadores, porque a mesma coisa também acontece com elas. Quantas e quantas vezes o marido chega em casa e a mulher derrama sobre ele uma enxurrada de reclamações que ele nem sequer entende. Muitas esposas sempre arrumam uma dificuldade: ele entrou em casa com o pé sujo, derramou qualquer coisa no chão, não lhe deu atenção nem foi carinhoso, enfim, uma infinidade de queixas que, quando analisadas, descobre-se que não são o verdadeiro motivo do desentendimento. Possivelmente, uma simples atitude tenha sido a gota que fez o recipiente transbordar. Então, em virtude de um passado doloroso surgem aqueles enormes problemas entre o casal.

Uma hipótese é que a esposa talvez tenha sido humilhada e rejeitada desde a infância. Deus caprichou nas mulheres e as criou cheias de amor, mas, talvez essa mulher não tenha conseguido amar nem ser amada, pelo contrário, tenha sido ignorada e manipulada, inclusive, na própria casa. Ela carregava toda essa carga quando se casou com seu marido. Além de experiências dolorosas dos namoros e da sexualidade que experimentou. Quanta frustração sexual! Ninguém lhe permitiu que crescesse como mulher, em sua feminilidade, porque sexualidade não se resume a um órgão genital e ao prazer. Talvez tenha sido reprimida naquilo em que era mais ela mesma, por causa da educação recebida em casa, a qual não condizia com o seu interior. Ela observava o comportamento das colegas e o que mostravam os romances, as novelas e filmes. Quem sabe ela tenha até sonhado e mesmo tentado vivenciar tais acontecimentos, mas sentia que estes não condiziam com seu interior. Foram experiências interiores ruins e sofridas de incapacidade de ser o que se é. Nosso ser sofre por não conseguir ser aquilo que Deus o criou.

Tudo isso foi mencionado para que entendamos que a vivência no Espírito deve atingir a nossa vida concreta. É essa a pretensão do Senhor.

Autor: monsenhor Jonas Abib

Postado por Ranys Ribeiro 

Sínodo vai celebrar os 100 anos da arquidiocese da Paraíba.

Igreja na Paraíba.
A arquidiocese da Paraíba, convocou presbíteros, diáconos, religiosos, lideranças cristãs, fiéis leigos para a realização do 1º Sínodo Arquidiocesano que acontece em 2012 e 2013. O evento tem por objetivo celebrar os 100 anos (1914–2014) da sua elevação ao título de arquidiocese.

Para dar início aos trabalhos, a partir do tema “A identidade, a vida e a missão da Igreja na Paraíba” e o lema “Temos um longo caminho a percorrer”, está sendo realizada uma pesquisa, desde o dia 5 de agosto, até o próximo mês de outubro, sobre a Igreja na Paraíba junto às esferas eclesiais (pesquisa interna) e aos representantes de diversos setores da sociedade (pesquisa externa). Após a realização e o resultado da pesquisa sobre o rosto da Igreja no estado, serão refletidas as marcas históricas significativas ao longo dos seus 100 anos de caminhada.

O Sínodo pretende responder algumas questões na mudança de época na qual vivemos: o que Deus quer de nós e da nossa Igreja? O que a sociedade espera da Igreja? Quais serão as propostas concretas para enfrentar tantos desafios? Como a Igreja dialoga e interage com a sociedade? Como atua nos centros de decisão política, nos meios de comunicação, nas universidades, escolas, no mundo do trabalho, enfim, nos ambientes e circunstâncias onde a vida acontece?

Os trabalhos sinodais vão ser desenvolvidos a partir de três comissões: Comissão Histórica e Patrimonial, Comissão Teológica e Pastoral e Comissão para a Formação dos Ministérios Ordenados e Leigos. “Devemos buscar a integração das três dimensões: a Palavra de Deus, a Liturgia e a Caridade. Elas correspondem ao múnus ou ministério: profético, sacerdotal e régio de Jesus Cristo, participado a todo cristão batizado. Essas dimensões articulam as intuições do Concílio Vaticano II, fundamentadas na ‘Lumen Gentium’ (A Luz dos Povos) e dos Documentos referenciais a serem trabalhados intensamente no Sínodo”, comentou o arcebispo.

Dados da Redação CNBB.

Postado por Ranys Ribeiro 

15 de ago. de 2011

Manifestação em Brasília pede aprovação do Estatuto do Nascituro.

No dia 31 de agosto, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), será palco da 4ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, que neste ano terá como tema “Quero viver! Você me ajuda?”. A marcha é uma iniciativa do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto.
 
O evento acontecerá às 15 horas e pedirá a aprovação do Estatuto do Nascituro (Projeto de Lei 478/2007) que tramita no Congresso Nacional.

“O Brasil já tem leis aprovadas como o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso e já existe proposta para aprovar o Estatuto da Juventude. Chegou a hora de o país ter o seu Estatuto do Nascituro, que já foi aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, mas precisa ser aprovado também por mais duas Comissões na Câmara dos Deputados”, diz um dos trechos do panfleto da 4ª Marcha Nacional, que convoca a população para a concentração em frente ao Museu Nacional.
 
A manifestação pretende ainda entregar 50 mil assinaturas ao Presidente da Câmara dos Deputados, pedindo a aprovação do Estatuto.

Do Site Canção Nova

Postado por Ranys Ribeiro

13 de ago. de 2011

Evangelho de Hoje (Mateus 19,13-15)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

 Naquele tempo, levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreendiam. Então Jesus disse: “Deixai as crianças, e não as proibais de vir a mim, porque delas é o Reino dos Céus”. E depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



Liturgia Diária - Canção Nova. 

O pensamento sobre o Reino dos céus.

À reflexão de seus seguidores Jesus propôs um dos temas mais difíceis sobre qual seja o Reino dos céus. Pedagogo Divino, Cristo expôs inúmeras parábolas para falar sobre os mistérios deste Reino (cf. Mt 13, 1-52). Não é, realmente, fácil reportar às verdades invisíveis. O grande perigo é projetar falsas ideias no Reino, que já é agora uma realidade, mas que ainda está para se consumar para cada um. Há sempre toda uma carga de nosso imaginário consciente ou inconsciente. Cumpre evitar pintar o Reino a vir com as cores de um paraíso à moda das grandes mitologias pagãs, com suas descrições encantadoras, mas irreais.
Para deixar claro em que consiste o Reino, o Mestre Divino recorreu às parábolas, ou seja, a narrações alegóricas nas quais o conjunto de elementos evoca, por comparação, outras realidades de ordem superior.

É impossível fechar numa descrição unívoca o que é o Reino dos céus. Ele escapa a toda determinação precisa. Ele, porém, está intimamente ligado à Pessoa mesma que o anuncia: Jesus de Nazaré. É tesouro oculto, pérola rara, comparação que mostra sua preciosidade. Quem o valoriza deixa qualquer outro bem para ter a posse dele.

Neste Reino, representado por uma rede, entram bons e maus, mas um dia se dará a separação definitiva no fim dos tempos, quando os infiéis receberão justo castigo. Para isso cumpre fugir da utopia política e não se deixar levar pelo fervor dos falsos profetas e seus arroubos messiânicos. Promessas dos que fabricam usinas de ilusão. É preciso ficar atento às mensagens da mídia que não passam de sistema de ideias dogmaticamente organizado como um instrumento de enganação política.

Somente Jesus tem promessas de vida eterna no Reino dos céus. O céu e a terra passarão, mas felizes os que compreendem a salvação que Deus oferece em seu Filho Jesus Cristo. Entretanto, como o Reino dos céus é algo a ser conquistado, apenas os que cooperarem para o progresso e o desenvolvimento da cidade terrena, competentes nas tarefas específicas confiadas a cada um é que poderão, um dia, possuir em plenitude este Reino lá na eternidade.

Trata-se do cumprimento do dever em casa, no trabalho, no apostolado. É preciso, de fato, ir além da estrutura social para sempre contemplar as pessoas que vivem os acontecimentos históricos como co-herdeiros do céu.

O pensamento do Reino dos céus não pode ser alienante, mas deve levar a ações concretas a bem do próximo. Mostra que as instituições e a sociedade no seu conjunto devem estar a serviço, sobretudo, dos marginalizados, dos mais pobres e deserdados da fortuna. Ao falar do Reino dos céus, Jesus nos convida precisamente a modificar nossa maneira e nossos critérios humanos.

É participando da história do mundo visível que cada um trabalha para que ninguém perca o rumo do Paraíso. São os mesmos atos, as mesmas decisões, os mesmos engajamentos que tomam sentido e valor numa e noutra realidade. Corre-se, de fato, o risco de se ater a valores diferentes segundo os critérios do mundo e os do Reino.

Tão somente alguém entrará no Reino se puder dizer ao deixar esta terra: "O mundo ficou melhor porque eu por ele passei". É, portanto, participando de acordo com a vocação específica de cada um e sua responsabilidade social que se entrará na posse definitiva do Reino oferecido por Cristo. Trata-se de cultivar os talentos que o Ser Supremo conferiu a cada ser pensante, velando pelos irmãos no meio dos quais Deus nos chama a servi-Lo. Deste modo se aguarda o retorno de Jesus na hora da morte e no fim dos tempos.

Esta expectativa é que permite a cada um se situar de maneira justa nos engajamentos concretos que é preciso assumir na sociedade em que vive. É esta abertura contínua para o outro que nos guarda de toda idolatria funesta e de todo descorajamento. Estas foram as primeiras palavras de João Paulo II ao assumir a Cátedra de Pedro: "Não tenhais medo. Abri todas as portas da sociedade a Cristo". Essa é a tarefa sublime do cristão que deve trabalhar no desenvolvimento integral das pessoas, levando a mensagem do Reino dos céus. É pedir então a Jesus que dê a cada um de Seus seguidores olhos para ver as necessidades do próximo e ouvidos para entender os apelos do Espírito Santo. Então, sim, o seguidor do Mestre Divino será semelhante a um proprietário que tira de seu tesouro coisas novas e velhas. Para isso é necessário pedir sempre ao Senhor: “Venha a nós o vosso Reino” e trabalhar corajosamente para que todos deles participem para glória de Deus e bem das almas.

Autor: Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho
Postado por Ranys Ribeiro

10 de ago. de 2011

Viver o processo da fé.

Por quanto sofrimento é preciso passar para chegar à verdade desta frase: “Deus caminha comigo, Deus é meu grande amigo, Ele é mais forte um abrigo, Ele caminha comigo, n'Ele posso confiar”? Não tem nada por acaso nesta vida, não podemos chegar se não caminharmos. Se eu preciso andar 5 km, preciso ter a disposição do primeiro passo e acreditar que de passo em passo chegarei. Tudo é processo, tem começo, meio e fim. O processo da fé é pontuado. A fé cristã é audaciosa, o que Jesus nos propõe é uma verdade audaciosa.

Hoje a Igreja nos convida a termos fé, a vivermos o processo da fé e acreditarmos mesmo que não tenhamos razões para isso. A nossa fé passa pelo processo da inteligência, mas ela acontece quando precisamos passar por uma situação humana que nos parece insuportável. E Deus começa arrancar de você frutos que não semeou. É a fé como dom, que começa a ver a vida a partir de um olhar que antes ninguém tinha lhe ensinado.

A Igreja diz que a fé é dom. E temos a responsabilidade de administrá-lo. A salvação é dom, mas é tarefa. Eu preciso buscar a minha atitude para confirmar o que Cristo realizou na minha vida. A fé humana indica para uma fé maior. A fé primeira que experimentamos na vida é a fé natural do dia a dia. Entramos num restaurante e não pensamos que a comida pode estar envenenada, você confia que não tem nada naquele alimento. A fé é uma experiência humana, natural, que dá equilíbrio para a gente.

Para mim não há nada mais precioso que confiar em alguém. Como é importante para o padre a confiança em quem está perto de nós. E a partir dessa experiência humana, Deus nos convida a experimentar algo muito maior.

Pedro, homem que fez a experiência de Jesus e mostra aqui sua fragilidade no processo de fé. Acho que Jesus o chamou de Simão nessa hora em que não tinha feito a experiência de Jesus, em que não tinha feito a travessia que ele precisava. A fé vai ser vivida enquanto formos gente.

A Igreja nos pede a fé no Ressuscitado, pois só essa fé nos poderá direcionar para o homem e a mulher que Jesus idealizou para cada um de nós. Estamos em travessia, processos que nunca terminam, pois nunca estaremos prontos para Deus. Sempre estaremos inacabados. A arte é assim, sempre inacabada, porque se estiver acabada, não haverá mais a fazer. Nós sobrevivemos daquilo que em nós é inacabado.
O que Deus já fez na sua vida hoje não será o suficiente para o que você precisará amanhã. Não somos postes, postes ficam parados, somos estrelas em deslocamento. Deus vai visitá-lo a partir da sua particularidade. Não devemos medir o quanto de fé cada um tem. Precisamos ser cada dia mais homens de fé. Muitas vezes, o caminho que precisamos percorrer não é tão longo, mas por não termos dimensão da distância, ficamos parados. Muitas vezes, eu encontro ateus que estão muitos mais próximos de Deus que eu, porque, às vezes, eles estão mais honestos e se aproximaram mais das questões humanas. Precisamos nos aproximar das questões humanas, estamos inseridos numa sociedade e é preciso encarnar em nossa história tudo aquilo que dizemos crer.

Se você acredita no mesmo Deus que eu, tenho com você uma responsabilidade. Pois não tenho o direito de negligenciar o conteúdo dessa pregação, por isso eu sou um padre de travessia. O papel de padre hoje é ser o testemunho coerente de quem fez esse opção radical por ser Jesus de novo através da vida sacramental. Os sacramentos que celebramos são para santificar nossa alma e dar sentido às atitudes do corpo. É a totalidade da salvação acontecendo em nós e através de nós.

A Igreja quer cada dia mais que a fé que celebramos vire vida na comunidade, que você sinta em Jesus o motivo da sua atitude. Eu estou aqui configurado a Ele, quero ser como Ele. Quanto mais eu acredito em Deus, tanto maior é a minha capacidade de acreditar nos meus irmãos.

Que amor a Deus é esse que não o faz amar seus irmãos? A fé que eu tenho em Jesus muda o modo de como eu olho para aqueles que estão do meu lado. Se Jesus tivesse a oportunidade de passar aqui como eu estou Ele lhe diria: “Vamos lá, não fique parado! Vamos fazer o que será. Vamos visitar regiões do seu coração às quais você ainda não conseguiu ir.”

Muitas vezes na nossa miséria não acreditamos que Deus acredita em nós. Vamos acelerar o processo de nosso crescimento pessoal. Quanto mais acreditarmos em Deus, e tivermos a fé para suportar o sofrimento, tanto mais O testemunharemos.

Hoje precisamos tomar a decisão de deixar Deus acelerar em nós o crescimento, para isso você precisa dar passos, tratar melhor seu marido, seu funcionário, deixar de fumar, etc. Você precisa acreditar em você.

O que você precisa fazer concretamente para dar um passo na fé? Faça seu compromisso consigo mesmo, acredite que a partir de hoje você será uma pessoa diferente, uma pessoa melhor. Acredite em si mesmo para demonstrar que Deus crê em você. Eu creio em Deus e Ele crê em mim, e nós dois juntos ninguém segura.

Autor: Padre Fábio de Melo

Postado por Ranys Ribeiro

6 de ago. de 2011

Reflexão do Dia - Anjo

O menino voltou-se para a mãe e perguntou: - Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum.

Como ela lhe afirmasse a existência deles, o pequeno disse que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo.

- É uma boa idéia, falou a mãe.

Irei com você. -

Mas você anda muito devagar, argumentou o garoto. Você tem um pé aleijado.

A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ele pensava.

Lá se foram.

O menino saltitando e correndo e a mãe mancando, seguindo atrás.

De repente, uma carruagem apareceu na estrada.

Majestosa, puxada por lindos cavalos brancos. Dentro dela, uma dama linda, envolta em veludos e sedas, com plumas brancas nos cabelos escuros.

As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis. Ele correu ao lado da carruagem e perguntou à senhora:

- Você é um anjo? Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao cocheiro que chicoteou os cavalos e a carruagem sumiu na poeira da estrada.

Os olhos e a boca do menino ficaram cheios de poeira. Ele esfregou os olhos e tossiu bastante.

Então, chegou sua mãe que limpou toda a poeira, com seu avental de algodão azul.

- Ela não era um anjo, não é, mamãe? -

Com certeza, não.

Mas um dia poderá se tornar um, respondeu a mãe.

Mais adiante uma jovem belíssima, em um vestido branco, encontrou o menino. Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou:

- Você é um anjo? Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz: - Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo. Enquanto acariciava o menino e o beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais do que depressa, colocou o garoto no chão.

Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar bem nos pés e caiu. - Olhe como você sujou meu vestido branco, seu monstrinho! - Disse ela, enquanto corria ao encontro do seu amado.

O menino ficou no chão, chorando, até que chegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul. -

Aquela moça, certamente, não era um anjo.

O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado.

- Você me carrega?

- É claro - disse a mãe

- Foi para isso que eu vim.

Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava.

Então o menino a abraçou com força e lhe perguntou:

- Mãe, você não é um anjo?

A mãe sorriu e falou mansinho:

- Imagine, nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu.

Anjos são todos os que na Terra se tornam guardiões dos seus amores. São mães, pais, filhos, irmãos e amigos que renunciam a si próprios, à suas vidas em benefício dos que amam.

As mães, sobretudo, prosseguem a se doar e velar por seus filhos, mesmo além da fronteira da morte, transformando-se em protetoras daqueles que na terra ficaram, como pedaços de seu próprio coração.

 Postado por Ranys Ribeiro