30 de mar. de 2012

DONS DO ESPÍRITO SANTO

No Antigo Testamento podemos ler em Isaías:
- Brotará uma vara do tronco de Jessé e um rebento das suas raízes:
- Espírito de Sabedoria e de Entendimento.
- Espírito de Conselho e de Fortaleza.
- Espírito de Ciência e de Temor de Deus.
- E pronunciará os seus decretos no Temor do Senhor. (Is. 11/1-3).
Nestas palavras o profeta, Isaías indicou os Dons que devia possuir o Messias.
Do mesmo modo estas palavras nos ensinam quais as qualidades especiais que hão de receber os que seguem a Jesus, segundo a Economia Divina, quando eles recebem os Dons do Espírito Santo.

Quando nós recebemos os Dons do Espírito Santo, recebemos os mesmos Dons que possuía o Messias, Jesus Cristo.
O que é que estes Dons significam para nós?

- Os Dons o Espírito Santo são qualidades especiais que nós recebemos principalmente no Sacramento da Confirmação (ou Crisma).

Por isso se diz que a Confirmação é o Sacramento do Espírito Santo.

Por ele nós recebemos um crescimento e aprofundamento da graça batismal, como nos diz o Catecismo da Igreja Católica, ao tratar dos efeitos da Confirmação:
1302. - Ressalta desta celebração que o efeito do sacramento da Confirmação é a infusão do Espírito Santo em plenitude, tal como outrora aos Apóstolos, no dia de Pentecostes.
1303. - Daqui que a Confirmação venha trazer crescimento e aprofundamento da graça batismal:
- Enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos permite dizer Abba! Pai! (Rom.8:15).
- Une-nos mais intimamente a Cristo.
- Aumentam em nós os Dons do Espírito Santo.
- Torna mais perfeito o laço que nos une à Igreja.
- Dá-nos uma força especial do Espírito Santo para propagar e defender a fé, pela palavra e pela ação, como verdadeiras testemunhas de Cristo, e para nunca nos envergonharmos da Cruz.

Na mesma ordem apresentada por Isaías, nós temos ainda hoje os mesmos Dons do Espírito Santo e a Tradição acrescentaram mais o Dom da Piedade.
Sobre os Dons do Espírito Santo diz-nos o Catecismo da Igreja Católica que os enumera assim :

1831. - Os sete Dons do Espírito Santo são : a sabedoria, o entendimento, o conselho, a fortaleza, a ciência, a piedade e o temor de Deus. Pertence em plenitude, a Cristo, filho de David. Completam e levam à perfeição as virtudes de quem os recebe. Tornam dóceis os fiéis na obediência às inspirações divinas.

Seguir Jesus é estar disposto a transformar o mundo

Cada um de nós tem lá suas ideias a respeito de como deve se apresentar e como deve ser tratada uma pessoa importante. Acabamos projetando em Jesus essas concepções. É natural! Faz parte da nossa maneira de entender a vida. Por isso, quando se faz um filme da vida de Cristo, tudo é muito bonito e respeitoso. Até a crucificação é filmada com certa grandiosidade, colorido e iluminação adequada, para solenizar o momento sagrado.

Será que já nos demos conta de que os últimos dias da vida de Jesus não foram exatamente assim? Conseguimos imaginar o Senhor sendo torturado numa delegacia de hoje, sem cenário solene, tratado como “Zé-ninguém”, na crueza do dia a dia da violência humana? Entre a entrada festiva como rei em Jerusalém e o deboche da flagelação e da coroação de espinhos e da inscrição na cruz (Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus), somos levados a pensar: Que tipo de rei o povo queria? E que tipo de rei Jesus, de fato, foi?

O povo ansiava por um Messias, mas cada um o imaginava de um jeito: poderia ser um rei, um guerreiro forte que expulsasse os romanos, um “ungido de Deus”, capaz de resolver tudo com grandes milagres. É verdade que havia também textos que falavam do Messias sofredor, que iria carregar os pecados do povo. Mas essa ideia tão estranha não tinha assim muito apelo. Talvez o povo pensasse como muita gente de hoje: “De sofredor já basta eu! Quero alguém que saiba vencer”.

Deus, como de costume, exagera na surpresa. O Messias, além de não vir alardeando poder, entra na fila dos condenados. Para quem não olhasse a história com os olhos de hoje, não haveria muita diferença entre as três cruzes no alto do Monte Calvário. O processo, a condenação e a execução de Nosso Senhor Jesus Cristo foram uma grande coleção de desrespeitos aos direitos humanos. O julgamento foi rápido, sem provas suficientes, sem direito de defesa. A tortura precede a morte, e a humilhação faz parte da pena.