Missa na Casa Santa Marta
Falando do contexto da apostasia, da proibição de adoração, Francisco destacou necessidade de adorar Deus com confiança e fidelidade até o fim
Há
“poderes mundanos” que gostariam que a religião fosse “uma coisa
privada”. Mas Deus, que venceu o mundo, é adorado até o fim com
confiança e fidelidade. Este é o pensamento oferecido pelo Papa
Francisco durante homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta nesta
quinta-feira, 28. Segundo ele, os cristãos que hoje são perseguidos são o
sinal da prova da vitória final de Cristo.
Papa Francisco alertou para o perigo da
“tentação universal”, presente na luta final entre Deus e o Mal,
proposta na liturgia deste fim de ano. Trata-se de ceder às ilusões de
quem gostaria de vencer Deus, levando a melhor sobre quem crê Nele.
No entanto, o Pontífice explicou que
quem crê tem a história de Jesus como uma referência clara para a qual
olhar. Jesus suportou insultos e calúnias em sua vida pública até o
martírio na Cruz, mas no fim a Ressurreição do Príncipe da paz venceu o
príncipe do mundo.
Leia também: Papa fala dos caminhos de preparação para o fim dos tempos
O Santo Padre indica estas passagens da
vida de Cristo porque na reviravolta final do mundo, descrita no
Evangelho, o que se coloca em jogo é maior que o drama representado
pelas calamidades naturais.
“Quando Jesus fala desta calamidade em
um outro trecho, nos diz que será uma profanação do templo, uma
profanação da fé, do povo: será a abominação, a desolação da abominação.
O que aquilo significa? Será como o triunfo do príncipe deste mundo: a
derrota de Deus. Parece que naquele momento final de calamidade, que se
imporá neste mundo, ele será o patrão do mundo”.
A prova final, então, é a profanação da fé, o que se nota na Primeira Leitura,
quando o profeta Daniel é jogado aos leões por ter adorado Deus e não o
rei. “Os símbolos religiosos são removidos. Deve-se obedecer às ordens
que vêm dos poderes mundanos. Pode-se fazer tantas coisas, coisas
bonitas, mas não adorar Deus”.
Segundo o Papa, este é o centro do fim. E
quando se chega à plenitude desta atitude pagã, aí sim será visto o
Filho do Homem com grande poder e glória. “Os cristãos que sofrem tempos
de perseguição, tempos de proibição de adoração são uma profecia
daquilo que vai acontecer a todos”.
Concluindo a homilia, Francisco lembrou
que quando o tempo dos pagãos for cumprido, este será o momento de
levantar a cabeça, porque estará próxima a vitória de Jesus Cristo. No
entanto, não é preciso ter medo, porque Deus só pede fidelidade e
paciência.
“Esta semana nos fará bem pensar nesta
apostasia geral, que se chama proibição de adoração e perguntar-nos: ‘eu
adoro o Senhor? Eu adoro Jesus Cristo, o Senhor? Ou, um pouco meio a
meio, faço o jogo do príncipe deste mundo?’. Adorar até o fim, com
confiança e fidelidade: esta é a graça que devemos pedir esta semana”.
Fonte: http://papa.cancaonova.com/adorar-a-deus-ate-o-fim-apesar-das-perseguicoes-pede-papa/
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