De uma
maneira geral, pode dizer-se que uma pessoa que está habitualmente aberta às
inspirações do Espírito Santo, esteja ou não avançada na vida espiritual, está
mais disposta ao repouso no Espírito. Pode notar-se, contudo, uma diferença: é
que a pessoa avançada continuará tranquila e sossegada, enquanto que a outra
estará sujeita à emoção.
Se o repouso
no Espírito não se produz, a pessoa poderá, até mesmo, ser santa e habituada à
influência do Espírito. De qualquer maneira, é preciso evitar fazer um
julgamento geral sobre as pessoas que recebem o repouso no Espírito e as que
não recebem. Mas, em poucas palavras, pode dizer-se que apenas não se recebe o
repouso no Espírito porque se resiste, recusando-o, ou então porque se está
habituado à ação do Espírito em si próprio.
Por outro
lado, o repouso no Espírito sobrevém, a maior parte das vezes, na oração. Pode
tratar-se de um grupo de pessoas, mais ou menos considerável, reunido para uma
oração comum, seja litúrgica, seja carismática; mas uma ocasião muito favorável
é a celebração eucarística, especialmente depois da santa comunhão.
Quanto mais
a atmosfera está impregnada de oração, mais o repouso no Espírito se manifesta,
por vezes mesmo sem as que as pessoas sejam tocadas por outras. A oração de
louvor é uma causa particularmente eficaz do repouso no Espírito. Este repouso
também se produz, muitas vezes, a seguir a um ministério de pregação,
confinante a orações de cura. Convém assegurar um clima tranquilo na assembleia
e evitar a exaltação da assistência e toda a procura de espetáculo.
Pe. O. Melançon, CSC
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